Pensamentos aleatórios
A sensação de inadequação é constante. Isso não é pra mim. Eu não queria estar fazendo tal coisa. Por que as pessoas gostam disso? Uma sujeita inadequada num corpo meio estranho, branco leitoso, com desenhos pretos aleatórios. Às vezes forte, às vezes fraco. Um cérebro que pensa demais, cria coisas e cenários, mas raramente consegue desenrolar essas criações em algo concreto, um desenho, textos, atitudes. Um mapa astral onde está escrito que só conseguirei desenvolver metade do meu potencial porque as burocracias do mundo vão me impedir de ser quem eu sou.
Por que essa pessoa continua falando comigo mesmo eu sendo assim? (baixa auto-estima)
Por que essa pessoa parou de falar comigo mesmo eu sendo assim? (alta auto-estima)
She's leaving you.
Indeed. She's already left.
She's already left herself also.
Toda vez que pego o shampoo, uma embalagem preta meio quadrada, acho que uma barata vai estar escondida atrás esperando sorrateiramente pra subir pelos meus dedos. Talvez seja um pensamento meio ridículo, mas é o que penso.
Acredita que o meu vizinho da frente podou novamente as plantas pela própria conta e risco? Pelo menos foi "apenas" um canteiro e ele vai ter que replantar tudo. Cansada de conviver com essa pessoa (que possui uma bandeira do brasil estendida em sua garagem até hoje), um cidadão de bem para quem as regras de convivência são apenas sugestões.
Eu deveria estar tentando terminar meu projeto de tese, mas estou tentando entender porque o last.fm não registrou direito as músicas que ouvi. Depois tive uma obsessão por Shakespeare e fui tentar entender se a raça de Othello está claramente delimitada na peça (não está), ou se Henry V é um rei querido ou chatão (todo rei é chatão). A verdade é que não tenho mais entusiasmo, brilho, joy, com meu projeto atual e ao mesmo tempo me faltam ideias para algo novo.
A cada dia minha torcida é apenas pelo colapso da sociedade atual.
Não a morte das pessoas, mas uma revolta coletiva.
Um ponto de não retorno quando as pessoas não tenham mais nada a perder.
Tudo o que resta será a promoção do caos.
Tomei um susto imenso com um passarinho que entrou na minha sala pela janela, ficou pairando alguns segundos e saiu pela porta. Estou com muito calor. Hora de terminar esse texto (?) e enfiar minha cabeça no congelador.
2025 prometendo ser tão (ou mais) confuso do que 2024, mal posso esperar!
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