Ego trip

Normalmente não faço posts com fotos minhas, mas esses dias estava pensando sobre o olhar do outro e resolvi fazer uma ego trip para registrar a Uaba de março e abril de 2024. Estamos vivendo tempos em que cada um tem sua própria câmera particular e eu raramente tenho fotos minhas tiradas por outras pessoas. Meu álbum de fotos do celular tem muitas fotos de cachorros, plantas e paisagens, mas poucas selfies. Comecei o post com essa foto em que eu estou toda fofa olhando pra baixo, mas meu nariz parece uma bundinha com rêgo e tudo haha.

Eu tenho vergonha de tirar fotos em público e acabo fazendo careta ou palhaçadinhas pra disfarçar, como dá pra ver na sequência abaixo. Das quase 10 fotos que minha pessoa tirou de mim, só numa delas eu consegui olhar pro horizonte contemplando a paisagem. Em todas as outras eu estava com um sorriso estranho ou fazendo gestos doidos.

Coragem a minha de postar essas fotos de corpo inteiro. Meu instagram é um deserto, só tem uma foto por ano que posto para as pessoas não esquecerem que eu existo. Porém, como eu passo boa parte do ano sumida das redes sociais, elas realmente esquecem. Não que eu me importe, só acho interessante esse movimento de que, se a pessoa não está nas redes, ela não é lembrada. E, quando aparece sempre, é como se sua presença constante desse aos outros uma espécie de intimidade imaginária. A gente conhece aquela pessoa, mas não, realmente a gente não conhece aquela pessoa, só a versão dela das redes.

Bônus foto de cachorro. Charlotte é uma boxer carente de carinhos humanos, e, sempre que vou visitá-la, ela deita no meu colo e tem reações exageradas aos beijos e abraços que recebe. Eu sou a pessoa que beija e abraça cachorro, me sujo toda, aceito lambidas no rosto e não ligo pra lamas e mini arranhados que eles deixam em mim. Minha ideia de lugar perfeito é estar rodeada de cachorros.