Todos os filhos de Poliana estavam se dando bem, mesmo aqueles que, a princípio ficavam tristes ou raivosos quando ela chegava em casa com bebês novos. No momento, estavam morando na casa Uauba: Altair e Liana, crianças, já prestes a virar adolescentes; Ribamar e Caco, bebês, faltando pouco para se tornarem crianças; Diego e Samuel, bebês que estavam descobrindo o mundo agora. Poliana estava grávida do médico e celebridade ruiva Masato Nakagawa.


Uma coisa ainda intrigava Poliana: por que Carlos Batista, pai de Cirana, passava todos os dias correndo em volta da casa dela? Ela esperava que ele parasse de fazer isso quando a filha virasse jovem adulta e se mudasse, mas ele continuou. Talvez ele fosse obcecado por Poliana?


Ribamar e Caco estavam se empenhando para virarem crianças, mas as coisas estavam acontecendo lentamente. Poliana estava grávida do terceiro trimestre. Logo, ela sentia muito sono e vontade de ir ao banheiro e não podia ajudá-los sempre. Ela estava conseguindo fazer o básico para garantir que todos estivessem limpos e alimentados e, principalmente, que não fossem levados pela assistência social.


Carlos Batista passou novamente correndo. Já idoso, Poliana também se perguntava até quando ele iria correr tanto assim todos os dias.


Altair e Liana chegaram da escola felizes mostrando o boletim cheio de notas 10. Estavam prontos para crescer. Poliana ficou feliz e foi preparar tudo para o aniversário deles. O bolo de côco tinha estragado e ela precisava fazer outro.


Quando ela fazia o bolo, uma fiscal da prefeitura chegou com um aparelho medindo alguma coisa. Poliana tentou se apresentar, mas precisava terminar logo o bolo e voltou para casa. Finalmente, a mulher disse que os utensílios domésticos da casa estavam consumindo mais energia do que o permitido na vizinhança e aumentou a conta de luz! Poliana ficou triste, pois estava tentando escrever novos livros para trocar o fogão e a geladeira, mas tudo estava indo muito lentamente por causa dos bebês para todo lado.


Enquanto fazia o bolo, Poliana começou a sentir as dores do parto. E agora? Terminava de fazer o bolo antes de ir para o hospital? Ou deixava tudo pra lá e saía correndo?


Ela resolveu terminar o bolo para que os gêmeos fizessem aniversário assim que ela voltasse, mas logo foi interrompida por Ribamar que precisava de atenção. A energia de Poliana estava cada vez mais baixa e ela sentia que não iria aguentar.


Já de roupa trocada para sair para o hospital, ela desmaiou no gramado na porta de casa. Ainda bem que não bateu o rosto em nenhum das pedras. Era nesses momentos que Poliana se questionava por que tinha mesmo decidido começar este desafio.


Chegando na porta do hospital, estavam lá Rachid, pai de Altair e Liana e o fantasma de Lucas Quitutten, pai de Rodolfo. Os dois sempre ficavam espantados toda vez que Poliana aparecia para ter novos filhos.


Quem fez o parto foi Rachid e não o médico celebridade Masato, pai do atual bebê. Poliana estranhou, pois achou que ele fosse querer retirar o próprio filho da barriga dela. O único questionamento lógico para isto seria: "será que Masato era um ator gravando Sim's Anatomy no hospital naquele dia?".


Nossa Poli estava cansada e com muitos questionamentos na cabeça. Ela saiu da sala de parto cabisbaixa e vagou por um tempo pelos corredores do hospital, pois estava sem querer retornar para casa e encarar os quatro bebês.


Ela pegou uma água, se sentou numa cadeira na sala de estar dos médicos e contemplou o resto da sua vida. Ainda tinha pouco mais de dez dias até que se tornasse idosa. Quantos bebês ela ainda aguentaria ter antes de passar o bastão para a próxima matriarca?


Voltando para casa, Poliana deu de cara com Carlo Batista, o corredor creeper, com uma cara péssima e uma roupa diferente. Ela não quis nem lidar com isso e passou por ele sem falar nada. Foi mostrar o pequeno Ricardo aos irmãos e chamar Altair e Liana para cantar os parabéns.

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