Compartilhar o que é bom

Aos domingos eu rego todas as minhas plantas - todas. Eu vi alguém no instagram dizendo que fazia isso e resolvi fazer o mesmo. Como boa assassina de plantas, até que a dica serviu e, desde então, não tenho mais matado nenhuma planta afogada ou seca. Descobri também que algumas delas precisam de mais uma ou duas regas durante a semana - até três, se o tempo estiver seco - e sigo nesta rotina. É preciso ler um pouco sobre cada plantinha para poder entender melhor do que elas precisam. São muito específicas e exigentes, essas plantinhas.

É engraçado como uma dica numa rede social pode mudar um hábito ou outro.

Não tomo mais café sem ser de grãos especiais porque aqueles mais baratos me fazem mal ao estômago. Foi nas redes sociais onde descobri isso. Uma moça explicou que o café mais claro não é necessariamente mais fraco, mas os grãos são mais selecionados. Quanto mais escuro o café, mais chances dele ter mais impurezas e fazer mais mal a quem o toma. Dá pra sentir a diferença.

Comprei e li muitos livros bons por conta de dicas de especialistas e de leitoras comuns nas redes sociais (estou postando no feminino porque todas eram mulheres mesmo). Retomei meu hábito de leitura e, apesar de ler menos do que gostaria, leio basicamente todos os dias. Sempre levo o livro da vez na bolsa, pois nunca se sabe quando vamos ficar esperando alguém ou ter uma oportunidade de ler algumas páginas.

Eu só queria mesmo com este post lembrar de que as redes sociais podem trazer algumas coisas boas e tudo depende de como as usamos. Eu lembrei desses exemplos mais concretos agora, mas também aprendi sobre feminismo negro ouvindo um áudio livro (em francês, mas tem o livro em português) por indicação de alguém, ouço todos os dias histórias engraçadas e inspiradoras da magnífica Déia Freitas, e mudei e expus minha posição política graças às lives-aula de Orlando Calheiros na twitch.

As últimas semanas foram de muito ódio e de exposição de absurdos nas redes. Na minha "bolha" todos estavam indignados com os verdadeiros golpes que as mulheres vêm sofrendo contra suas vidas, seus direitos e seus corpos. Foi por isso - e inspirada numa das lives do Calheiros, onde ele disse que devemos fazer alguma coisa, começando pela indignação, entendendo que está tudo uma bosta, mas não podemos ficar parados esperando o mundo explodir - que resolvi lembrar de algumas coisas boas que as redes nos trazem e divulgar esses trabalhos.

Se alguém estiver lendo, compartilhe nas redes as coisas boas. Fique com raiva das coisas horríveis que acontecem, mas não dê voz pra gente ruim, essas pessoas precisam ser caladas.