Ontem não consegui escrever nada, muito menos atualizar o site do NaNoWriMo e perdi meus dias seguidos de atualização, mas enfim ¯\_(ツ)_/¯. Na terça, eu atualizei com as palavras que escrevi para a dissertação, pois estou correndo contra o tempo para defende-la até o final do mês, por isso não atualizei o blog e nem toquei na continuação da história bizarra que comecei segunda-feira.

Hoje resolvi escrever mais cedo porque estou sofrendo de caos mental com tudo o que está acontecendo ao mesmo tempo na minha vida e preciso organizar meus pensamentos. Já que não tenho dinheiro para terapia, pelo menos tento ficar bem com escrita, meditação, exercício físico e meus cachorrinhos. Vou despejar aqui as coisas do jeito que elas vierem na minha mente, pois necessito apenas.


Doente novamente
Vinha sentindo minha garganta ardendo desde segunda-feira. Na terça à noite comecei a me sentir fraca pelo corpo. Acordei quarta pela manhã sem vontade de fazer nada, disse que ia atrasar no trabalho e consegui dormir por mais uma hora. Meu corpo aguentou firme as duzentas aulas que dei por quase doze horas quase sem parar. Na verdade, eu tenho certeza que tem alguém no plano espiritual me dando essa força porque se dependesse apenas de mim, eu já teria quebrado. Hoje, quinta-feira, acordei muito cedo e muito mal, com calafrios, sinusite, dor de cabeça, garganta, o pacote completo. Pelo menos hoje não dou aula nenhuma. Ao mesmo tempo, preciso editar mais um capítulo da dissertação e gostaria de estar me sentindo bem para isto. Não se pode ter tudo, não é mesmo?!

Organização
Mesmo gripada, resolvi organizar algumas partes da casa que estavam uma bagunça total. Joguei um monte de coisa no lixo e coloquei uma toalha nova na mesa. É sempre bom organizar as coisas antes de sentar para fazer algum trabalho intelectual. Porém, agora que eu sentei para escrever, o vizinho resolveu bater o martelo em alguma coisa e está aquele barulho insuportável de obra. Que ótimo! Parece que o martelo tá martelando meu cérebro.

Trabalho
O trabalho está me aperreando como nunca. Para o professor, quando se aproxima o final do ano, significa mudanças na equipe e possíveis demissões, ou seja, ninguém está com seus empregos seguros e, nas salas dos professores, de vez em quando alguém lembra deste fato. Passei por muita coisa este ano e só de escrever sobre isto já me dá taquicardia. Algumas pessoas tentaram me ajudar, outras, colocaram a culpa do que eu passei na maneira como eu lidei com as coisas. Bom, cada um faz sua leitura da situação. A única coisa que tenho certeza é de como me sinto e não é bem, tanto física como mentalmente. Fiquei doente mais vezes do que o normal e acordar de manhã e reunir forças para levantar e sair de casa tem sido cada vez mais difícil. Tudo isso pelo medo de não saber se ou como serei mais uma vez colocada em situações desconfortáveis.

Sabe, tudo o que eu queria era dar minhas aulas e voltar pra casa sabendo que meus alunos aprenderam alguma coisa. Mas não. Tenho que andar pisando em ovos o tempo todo. E eu não gosto de me sentir assim. E isso afetou todos os aspectos da minha vida. E, por fim, eu sei que não posso controlar o que as pessoas falam de mim, mas eu posso controlar o que faço, e o que tenho feito é tentado ficar na minha, mas simplesmente não me deixam em paz. Eu vivo com medo porque nada que uma pessoa que quer prejudicar a outra faz é por acaso, sempre tem um motivo por traz e eu não sou boa em ler esses motivos. Porque eu sempre esperei o melhor das pessoas, eu sempre espero que elas me tratem como eu as trato. Infelizmente, não é o que acontece na vida real.

Estou tentando o meu melhor para enxergar toda essa situação como algo que vai me ensinar alguma coisa importante, e também como algo pelo qual eu tinha que passar. Entretanto, não é fácil pensar assim, pois o que você quer mesmo é que a pessoa que lhe prejudicou desapareça de alguma forma - eu torço para que ela encontre um emprego melhor em outra cidade e nos deixe em paz.

Ao escrever isso, de vez em quando vem uma voz dizendo que eu deixei. Eu deixei a pessoa me prejudicar, eu teria dado a ela as oportunidades de me tirar do sério. Mas não foi isso, ela criou  diversas situações para me constranger. E agora eu estou exausta demais para lutar, estou cada vez mais passiva, aceitando a derrota, simplesmente porque eu não tenho voz e ela tem.

Agora eu vou tirar um cochilo, porque escrever essas coisas não foi fácil e eu estou tentando ficar boa desta gripe logo.

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