Prioridades

Só venho no blog quando estou cansada de alguma coisa. Bom, vamos manter a tradição.

O pessoal do trabalho resolveu que seria algo bom e construtivo partilhar coisas por um grupo fechado. Achei ótimo, claro, facilidades tecnológicas estão aí pra isso e comecei partilhando ideias de aulas, links, etc. Tudo lindo, todo mundo feliz. Só que aí, queridas pessoas, vieram aqueles lembretes de 'chequem seus e-mails', 'olha o deadline disso e daquilo aí gente' e 'pegaram meu livro sem pedir' seguido de 'regras da boa convivência'. Tem coisa melhor que chegar em casa, abrir seu facebook e ver seu chefe lhe lembrando do deadline? Mark Zuckerberg, querido, lhe pergunto: foi pra isso que você criou o facebook?

Refletindo a respeito, cheguei à conclusão de que tem gente que não sabe brincar. Tem sempre aquele povo que vai chegar pra avacalhar o sistema. O facebook era bom, engraçado e eu gostava dele. Até agora. O sonho acabou. Do mesmo jeito que acabou o Orkut quando resolvi deletar as pessoas que não falavam comigo na vida real e elas vieram tomar satisfação por scrap. Quer dizer, estava até inclinada a dar o mesmo destino à minha timeline, mas eu jogo The Sims Social. Prioridades.

A verdade é que estou me sentindo cada vez mais cercadas de pessoas do mundo real no mundo virtual. Não era assim. Não tinha conhecidos me seguindo no twitter. Nenhum amigo próximo lê meu blog. Eram duas coisas separadas. Eu podia estar passando por algum problema na 'vida real' e pedir a opinião das pessoas no twitter. Podia postar uma letra de música no facebook sem que nenhum conhecido viesse me perguntar se 'tá tudo bem?'. E agora eu tenho que falar por códigos quando quero desabafar alguma coisa para o mundo - porque é pra isso que a internet serve pra mim - porque alguém do trabalho pode estar me seguindo e pode ler minha reclamação e contar ao meu chefe.

Acabei de ler o último parágrafo. É, a internet tá me perturbando. Me tirem daqui!