Em toda porta de colégio tem um vendedor de bombom (ou bala, mas aqui é bombom) super legal, que conhece todas as crianças e faz amizade com a maioria dos pais. É aquela simpatia que leva todas as guloseimas para estragar os dentes do filho e fazer a alegria da criançada no recreio e na saída.

Porém, todo pai que preze pela saúde dos dentinhos de leite dos filhos, normalmente define um dia para permitir que suas crianças comprem os bombons. Para Henrique, este dia era a sexta. Ele tinha apenas três anos, mas sabia a importância de um dia da semana na vida da pessoa. Sua avó dava um dinheirinho a ele, mas advertia: "Chiclete só na sexta". Já o vendedor de bombom, Mário, sabia o dia de cada criança comprar. Ele dizia: "Henrique, hoje é sexta!" e o menino sorria, sabendo o que a palavra sexta implicava.

Uma terça, houve uma festinha de um amiguinho de Henrique na escola e todas as crianças da turma saíram da escola cheias de bombons nas mãozinhas pequenas. A mãe de Henrique, sem saber da festa, ao ver as guloseimas proibidas nas mãos do menino, logo perguntou:
- Henrique, e esses bombons?
O menino não teve dúvida e respondeu:
- Mãe, hoje é sexta!

02/30

6 Comentários

  1. Wauwwww adorei o texto!! me indentifico bastante... caramba Uaba.. parabéns!!! Que saudade da minha infância!! =)

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  2. Um bombom toda semana aos três meses de idade?! Eu seria a criança mais feliz do mundo... acho que até os 20 anos eu devo ter comido no máximo uns dez bombons na vida... Minha mãe nunca dava, essas guloseimas, chicletes, chocolates e tal, coisa muito rara de eu degustar... eu poderia dizer agora que acho bom por eu não ter de repente me acostumado a só comer merda, mas não, não acho nada bom..... =|

    É por isso que sempre que vejo meninas vendendo bombons na porta da escola onde dou aula, compro um bombom... todas as vezes.

    Esse texto me trouxe péssimos fluidos, rs... primeiro pelos bombons que faltaram na minha infância; segundo pelo nome do moleque, xará do cara que eu mais odiava no maternal.. e que não levou meu presente num dos únicos 'amigo secreto' que participei na vida...

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  3. Um bombom toda semana aos três meses de idade?!

    Foi mal, eu quis dizer três anos... mas fica o espanto mesmo assim...

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  4. Que bonitinho esse texto. Quando você fala em bombons, eu pensei em trufas geladinhas que quando você abre ficam até suadas. E com recheio de cereja em calda. Mm!


    Acho que agora entendi a sua: 02/30 = 2ª narrativa sobre crianças de 30. Né?

    Beijos.

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  5. Aqui no Rio eles se chamam "baleiros"! Já comprei muuuuito com eles...

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  6. Uaba! Que texto fofo, que gostoso de ler *.* Na minha escola, em vez de chocolate era pipoca e pirulito, bem mais sem graça, né? Prefiro os bombons do Henrique. É tão linda essa inocência de ser criança. *.*
    Beijos :D

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