A mordida
Eram duas criancinhas, uma menina de quatro anos, e um menino de quase um ano. A menina era doce, sempre na dela, tinha o maior carinho pelo irmão. Já ele, não sabia porque aquela menina enorme sempre ficava ao seu lado, querendo mostrar como se brincava. Era só ela tomar o brinquedo da mão dele para dizer que a pecinha encaixava naquele buraco, que ele puxava o cabelo dela, pedindo de volta. Era a vez dele, oras. Normalmente essas briguinhas aconteciam quando ninguém estava vendo, só ouviam o choro da menina depois.
Um dia, porém, os dois brincavam alegremente no chão da sala do apartamento. A mãe estava lendo uma revista sentada no sofá. A menina pegou a chave da casinha para mostrar ao irmão como abria a porta e NHAC! levou uma mordida na barriga. A mãe viu toda a cena e disse:
- Morda ele.
- Mas mamãe, é o neném...
- E o neném não lhe mordeu?
A menina balança a cabeça, lágrimas escorrendo dos olhos já que a mordida fez a barriga dela sangrar um pouco.
- Então, morda ele.
Ela olhou desconfiada para a mãe e, um pouco hesitante, deu uma mordiscadinha no bracinho do irmão pequeno. Escandaloso que era, o menino berrou como se tivessem arrancado seu braço com um machado. A mãe teve de ter um pouco de sangue frio para ver seu filho chorando, mas a filha também não podia continuar levando mordidas e puxões de cabelo.
Assim, a menina aprendeu a se defender do irmão e ele, aprendeu que a irmã também podia mordê-lo e doía bastante.
Um dia, porém, os dois brincavam alegremente no chão da sala do apartamento. A mãe estava lendo uma revista sentada no sofá. A menina pegou a chave da casinha para mostrar ao irmão como abria a porta e NHAC! levou uma mordida na barriga. A mãe viu toda a cena e disse:
- Morda ele.
- Mas mamãe, é o neném...
- E o neném não lhe mordeu?
A menina balança a cabeça, lágrimas escorrendo dos olhos já que a mordida fez a barriga dela sangrar um pouco.
- Então, morda ele.
Ela olhou desconfiada para a mãe e, um pouco hesitante, deu uma mordiscadinha no bracinho do irmão pequeno. Escandaloso que era, o menino berrou como se tivessem arrancado seu braço com um machado. A mãe teve de ter um pouco de sangue frio para ver seu filho chorando, mas a filha também não podia continuar levando mordidas e puxões de cabelo.
Assim, a menina aprendeu a se defender do irmão e ele, aprendeu que a irmã também podia mordê-lo e doía bastante.
01/30
5 Comentários
Lembrei das minhas brigas com miha irmã gêmea, hahaha. Hoje é "só" verbalizada a coisa toda... nem sempre concordamos com tudo.
ResponderExcluirMenina, vc mudou de blog? Eu tinha certeza que tinha vc nos meus feeds, mas agora adicionei e vc não estava! Oh meu Deus! Agora vou voltar a ler! Ah, amey seu layout! Vc que fez ou é padrãodo blogspot?
ResponderExcluirBjssssssssss!
Coitadinha!!! É duro aprender certas lições!
ResponderExcluirNossa, eu fui lendo e achei que você ia falar que a mãe era uma alienígena que tomou forma humana ou algum monstro na pela materna, mas não!
ResponderExcluirFicou bem legal, Uaba. A linguagem combinou bem com os personagens, tudo muito simples.
Ei, aquele "01/30" é "parte 1 de 30"? Porque se for, eba!
Oie, Uaba! Que saudade daqui *.*
ResponderExcluirAdorei o post porque lembrei das minhas brigas (como se a gente ainda não brigasse, hahaha) com minha irmã. Sabe, minha mãe nunca me deixou bater nela nem ela bater em mim, aliás, ela sempre foi uma criança mais dócil e não lembro da gente se machucando por querer.Acho que mais do que se defender uma da outra, a gente se defende dos outros. Aquela história de que: na minha irmã só eu bato!HSUAHSUAHUS Sei lá, ela é minha vida. Sou a sis mais coruja do universo e pronto.
Beijãão!
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