Discotecas

A partir dos 10 anos as crianças começam a querer discotecas no lugar das festinhas tradicionais com animadores e palhaços. É a fase em que tudo o que você fizer será lembrado com um misto de vergonha e nostalgia.

Tati era diferente da maioria. Começou a fazer discoteca no seu aniversário de 8 anos. A mãe que sugeriu e a menina, querendo se mostrar para os colegas, logo aceitou. Organizaram a festa no salão de um clube. Ao contrário do que todos pensavam, as crianças não desanimaram e foram brincar de esconde-esconde e pega-pega, elas dançaram o tempo todo. Uns mais atiradinhos até se empolgaram e fizeram pares da hora da música lenta (vide: Whitney Huston, Celine Dion, Mariah Carey). Foi um sucesso e a moda pegou entre os amiguinhos da garota.

Os anos passaram e aconteceram mais três discotecas de sucesso para a lembrança de Tati. Foram muitas "danças da vassoura", "segura o tchan, amarra o tchan", entre outros pagodes - que, vamos combinar, não era lá muito apropriado para crianças -, passando pelos axés sem sentido das danças do vampiro e da manivela, até a fase de "Anna Júlia" e "Mulher de fases". A maioria das festinhas comandadas pelo famos DJ Geleia.

Um dia, porém, a menina cansou de tanto agito nas festas. Ficou quieta em casa por 3 anos, só fazendo pequenas reuniões com os amigos. Fez uma festa de 15 anos, mas perdeu a mão nas discotecas, e sua festa não fez tanto sucesso quanto antigamente. Depois disso, desistiu de vez da vida agitada da noite. Hoje, não suporta quando as criancinhas fazem seus agitos perto da sua casa e a incomodam. Parece que Tati esqueceu a alegria que era fazer uma discoteca no tempo dela, e que, hoje, deve ser a mesma coisa, porém, com o "Rebolation" no comando.

15/30