Barulho
Um dos professores mais legais que tive na vida disse uma vez que, lá no estrangeiro, as universidades são um poço de silêncio. Na cultura deles, é um local de estudo e concentração, portanto ninguém deve perturbar. E todo mundo respeita. Claro que existe o lugar de confraternizar, relaxar, mas fica bem longe das salas de aula, bibliotecas e laboratórios. Além de sempre haver aqueles gramados imensos onde as pessoas podem deitar e ler seus livros, conversar com os amigos tocando violão, ouvir música olhando para o céu.
No Brasil, a coisa é completamente diferente. Primeiro, cada universidade ou faculdade tem um barzinho na esquina mais próxima, quando não, um vendedor de cachorro-quente com um som suficientemente potente e cervejas geladas para a clientela se esbaldar. Perto do Carnaval, passam blocos e maracatus por dentro das áreas comuns - isso, em Recife, lógico. Dia de sexta-feira, os filhinhos-de-papai ligam os sons dos seus carros pimpados no último volume, só para lembrar a todos o que os aguarda ao final da aula. As pessoas gritam, cantam parabéns e jogam dominó no corredor das salas enquanto há aula. De vez em quando aparece um carro de mensagem para tirar onda da cara de fulaninho e mais aulas são interrompidas. Enfim, é barulho que não acaba mais.
Acho ótimo ser brasileira, ter Carnaval, futebol e caipirinha, mas quando se trata do ensino no país sinto muita vergonha. Pelo menos isso poderia ser um pouco mais respeitado até pelos alunos, os quais deveriam ser os mais interessados em parar a algazarra. O barulho é só uma das coisas que incomodam, há muitas outras coisas absurdas acontecendo por aí, em todos os tipos de instituições de ensino. Não estou aqui querendo que viremos robôs. Só peço, como sempre, um pouquinho de respeito.
No Brasil, a coisa é completamente diferente. Primeiro, cada universidade ou faculdade tem um barzinho na esquina mais próxima, quando não, um vendedor de cachorro-quente com um som suficientemente potente e cervejas geladas para a clientela se esbaldar. Perto do Carnaval, passam blocos e maracatus por dentro das áreas comuns - isso, em Recife, lógico. Dia de sexta-feira, os filhinhos-de-papai ligam os sons dos seus carros pimpados no último volume, só para lembrar a todos o que os aguarda ao final da aula. As pessoas gritam, cantam parabéns e jogam dominó no corredor das salas enquanto há aula. De vez em quando aparece um carro de mensagem para tirar onda da cara de fulaninho e mais aulas são interrompidas. Enfim, é barulho que não acaba mais.
Acho ótimo ser brasileira, ter Carnaval, futebol e caipirinha, mas quando se trata do ensino no país sinto muita vergonha. Pelo menos isso poderia ser um pouco mais respeitado até pelos alunos, os quais deveriam ser os mais interessados em parar a algazarra. O barulho é só uma das coisas que incomodam, há muitas outras coisas absurdas acontecendo por aí, em todos os tipos de instituições de ensino. Não estou aqui querendo que viremos robôs. Só peço, como sempre, um pouquinho de respeito.
2 Comentários
Concordo, as pessoas não sabem o momento de parar, escutar e aprender. Só querem saber de festas e farras o tempo todo. Tudo tem seu lado bom e ruim. Estudos são necessários, aprender sempre é bom. Se não fosse o conhecimento seríamos alienados.
ResponderExcluirEu sou completamente a favor da sua tese. Nosso país tem que dar uma mudada na educação... só aí é que mudaremos os outros aspectos.
ResponderExcluirDizem que o curso de Comunicação da minha faculdade tem disciplinas super disputadas: Sinuca I, Introdução ao Barzinho da Esquina, etc.
Triste.
Beijos, Uaba!
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