Tô doida

Tudo o que eu quero agora é paz e sossego.

Não precisa ser numa casa de praia, nem num chalé no campo (até gostaria, mas é muito caro hoje em dia). Me deixa ficar uns tempos fora da cidade, longe desse monte de gente correndo, e sem ter que ver essas ruas cheias de carros. Posso ficar horas pensando na vida, andando na beira do mar, nas margens do rio. Me empreste uma rede, à tarde, numa varanda ventilada.

E aí, quem sabe, quando voltar, eu recupere a graça e volte a gostar da agitação desse povo doido, doente e mal alimentado.

Enquanto escrevo isso dá um aperto no peito, pois sei que não vou sair da cidade tão cedo, não posso sair daqui. Vou passar (e perder, de certa forma) minhas férias todas aqui, até porque já é tarde demais pra arranjar um lugar pra ficar.

Aí vem você, lê isso e pensa: "que complicação dessa menina, arruma uma pousada barata e vai embora". Ah, se as coisas fossem fáceis assim, amigo, eu nem estaria aqui escrevendo essas merdas. Se minha vida fosse simples, eu nem escreveria em blog. Estou aqui porque sou complicada e acho que vou conseguir descomplicar alguma coisa, ou melhorar o que tá ruim, só por digitar umas palavras e catar uma imagem bonita pra ilustrar.

Enfim, pelo menos não perco minha fé. Não sou tão pessimista e triste como pareço, às vezes, ao escrever. Sou até alegre, tenho até muita esperança, sorrio com qualquer besteira, mas não sei demonstrar muito bem. Vou melhorar. Só acho que sair do meu quarto e mudar de ares ajudaria bastante a trabalhar melhor nessas coisas, a refletir mais sobre a vida.